Há quem se atrapalhe um pedacinho a falar, e nas aulas de apoio da explicação para os exames de Física e Química A não são excepção. A Ely logo na primeira aulas, quis explicar como é que variava o “rabo” iónico. A prof (confirmei hoje as minhas suspeitas, é dislexica), não foge á regra. Foi pena foi eu só me ter lembrado de apontar algumas cenas giras dela, apenas na aula de hoje.
Então aqui tão:
-“Isso depende, há soles vermelhos mas novos...” -“ Faz-se esta mistura e fica água com água.” Aluno: “ou vinho, também dá.” Porf: “Sim, vinho funcionado” (não me perguntem o que é que ela quis dizer com isto porque eu também não sei. Eu fiz aquela cara de: hã? Vinho quê? Ela riu-se para mim com cara de: óh Rita esquece issso, também já nem me lembro do que é que eu queria dizer.) -“ É É. Experimenta por um spray no forno, dá um reco (em vez de rico) estrondo!” -“ Então, como tem menos condutibilidade, vai haver menos prérdas, não é?” -“ Então agora digem-me: qual será a área do pánel? (em vez de painel)” - " Não! É melhor não te centrares (em vez de sentar) aí porque isso pode cair" - " Fecha a prorta que vem frio (em vez de porta).
O pior é que estou sempre a corrigi-la, e acho que ela as vezes não gosta muito da ideia. Só por estarmos (eu e a ely) sempre a dizer que o T de período tem que ter umas "perninhas" para baixo chateou-se toda -_-.
Ooooh! Mas ela as vezes também se ri de si própria quando repara que se trocou toda.
Ontem foi o ultimo dia de aulas. Vendo as coisas de um lado normal: “Fixeee, feriassss, veraoooo, praiaaaa, diversaooo, calorrrr!”. Agora vendo por outro lado: “Saudades, lembranças, exames, e pessoal a mudar de turma porque vai para física, não é Eliana?” -_-
Pronto, fazendo o balanço deste ano lectivo pode-se afirmar que coiso né? Exactamente…suponho que concordam comigo.
Começo por relatar o inicio do inicio, ou seja aquele primeiro e doloroso primeiro período. É aquela altura em que estamos todos muito “bem” habituados a trabalhar, e quando estamos cheios de vontade de o fazer (trabalhar). Por isso, nem sempre corre bem o primeiro período a esse nível. Para dizer a verdade nem me lembro de ele passar.
Sei que tivemos de nos sentar todos por números, (que grande treta pá), o que significa que eu tive que ficar com o Sr. Abel. Para quem não sabe, o que eu não acredito, esse menino leva uma vida muito duvidosa. Diz a toda a gente que nasceu em Macau (hmmmm não sei não) que a mãe é filipina e o pai português…tem umas paragens cerebrais muito frequentes. Para alem disso, e como toda a gente dizia, “dispara” em todas as direcções. Pois é o Abel é um quebra corações, já para não falar das 2 meninas da outra turma e ficaram pelo beicinho pela nossa mascote. Hehehehe.
Bem deixando de falar em particular de um aluno, por enquanto, vamos passar a falar dos professores. Começávamos a semana sempre de manha ás 8:30 com português. Senhora Gabriela Ilharco, até é boa pessoa e coiso. A única que se lembrou de organizar uma visita de estudo de decente…aqui pró 11ºF a Lisboa. Tenho que aqui salientar umas coisinhas giras que ela disse e que eu apontei: “ Eu ainda sou do tempo em que me vinha o leiteiro…”;” Bom, a chita é um teceiro (em vez de tecido)”
Depois também temos um stor de Bio/Geo novinho e muito bem casadinho (mas ainda não tem filhos). Explicava bem a matéria mas tinha a mania de que nós nunca estávamos a perceber, o que ás vezes até metia muita raiva, porque nós estávamos com cara de: “ Stor, oi, ande lá para a frente que a gente já percebeu” e ele “ Ehehehe, vocês não estão a perceber nadinha disto pois não? Vá…eu explico outra vez”. Obs.: Já quis apagar o fogo á Lau!
A eterna odiada stora de Inglês. Her name is Monteiro, Rosalina Monteiro. É conhecida por ter a “tal” obsessão pela pontualidade. Qualquer pessoa que chegasse após o toque de feriado, mesmo que uns segundinhos depois, tinha falta! Pimba não falhava era certinho. E claro o pessoal passava-se. Até parecia que faziam de propósito É que nesta aula toda a gente resolvia chegar tarde…não sei, talvez fosse tentador (e era, eu é que nunca me atrevi). De sublinhar que o Abel há umas 3 semanas atrás chegou atrasado uns 10min porque quis fazer escalada. Hehehehehe, só ele mesmo.
O que é a filosofia? Sempre achei que iria obter resposta depois de ter filosofia. Pouco ou nada mudou. Continuo a achar que o conceito de filosofia é o mesmo daquele que tinha á uns dois anos. Das duas uma, ou eu tenho um vasto e rico conhecimento acerca dela, ou então não aprendi nada (e acho que a primeira hipótese será a mais correcta :P) Isto graças a quem? Ao “Lucy”, senhor das unhas grandes e produtor/bebedor/apreciador de vinho. A ele se deve tudo o que aprendemos acerca da filosofia. Dois anos, com este pequeno grande senhor, é sinónimo de furor!(é pra rimar) Furor? Como assim, perguntam vocês…Então…as aulas de filosofia sempre foram de certo modo descontraídas. Principalmente estas ultimas, pena já estarmos no final do ano. Eu e a Eliana íamos lá para trás. Hehehehe. Copiávamos altamente bem nos testes, quer dizer, para isso não interessa estar atrás ou á frente, é indiferente. Sempre se copiou bem nestes testes, por isso é que quase toda a agente desistiu de estudar para eles e resolveu por tudo num papelzinho…assim…uma espécie de notinhas! Bom mas lá atrás aconteciam cenas altamente assim pó "pandam". Riamo-nos á gargalhada de nada, atirávamos papéizinhos pró cabelo da Tiresa, falávamos alto que nem umas “cabras”, e dizia-mos porcarias umas atrás das outras (não é Eliana, ai essas aulas de inspiração…). Mas depois também tínhamos as aulas em que tínhamos de estar atentos. Lembram-se daquelas primeiras aulas do primeiro período? Nessas o Lucy fazia perguntas, e se não tivéssemos atentos enterrávamo-nos. Pois mas nessas eu aprendi que uma proposição é uma frase declarativa com valor de verdade.
Gostava da parte em que contrariávamos o Prof e ele nos apedrejava por achar que nós estávamos a conspirar contra ele e que o queríamos afundar. Conhecido também pelos messes que demorava a corrigir testes. Também o associo á célebre frase que ele próprio tornou popular, e passo a citar: “ O rei bai nu, o rei bai nu!” ou então “Hmmmmm aquela gente petrevaca…”(com aquela sua vozinha a qual também associo á da rapariga do Exorcista possuída). E agora fazendo aqui um á parte, ouvi muitas vezes a música da “Festa da Paula” naquela aula. Agora, cada vez que a ouço é como se tivesse a “ouvir” o stor a dar “matéria”.
Depois também tínhamos uma stora de F.Q. de seu nome Armanda Andrade. Nada a registar acerca desta senhora. Não... lembrei agora. Está sempre a falar da netinha e da filhinha no Brasil, e descobriu-se á pouco tempo que trabalhou na 7Up. Para mim o riso dela era de caturra = tia...hmmmm era muito "ahahahaha."
Depois, e com muito orgulho, á que se falar da trapalhona da senhora dos números, a Dona Teresa Cabral. As aulas dela sempre foram são e seram uma autêntica bagunça. Parecemos putos do ciclo naquela aula. Ás vezes tentava impor-se, mas, voltávamos ao mesmo. Acho que nunca me rir tanto com um professor. Atrapalhava-se sempre sempre a falar. Falava, e ria-se sozinha. E agora também sei umas coisas da vida pessoal da professora , isto porque ela “abriu-se”. É que na segunda feira eu e mais “oitas”(como ela diz ás vezes por engano) ficamos-lhe a dar conversa…não, melhor, ela é que nos estava a dar conversa. Posso dizer que nos mostrou uma fotografia no telemóvel de uma cabra morta que a filha estava a estudar lá nos Açores. Mas foi giro, porque eu pelo menos, não me ria do que ela dizia, mas sim da maneira como ela contava…cheia de entusiasmo e de ansiedade. Aaaaaah lembrei! Há um episódio que ela nos contou que simplesmente arrebenta tudo. Uma vez chegou atrasada porque o marido foi para o trabalho e deixou-a lá fora de róbe (será que é assim que se escreve?) a passear o cão, e como não tinha chaves nem telemóvel, ehehehe, ficou cá fora! Pensamento em alta-voz, depois de um bloco de aulas com a nossa turma: " Ai estou para aqui a pensar: como é que eu pude deixar a minha carteira no pingo-doce?"
Para finalizar, á que atribuir uma medalha de mérito ao nosso Director de Turma, professor Miguel Borges, que nos aturou este ano todo e que nos fez soar muito. Acho que nunca nenhum director de turma o tinha conseguido antes, acreditem! Basicamente ele mandava e nós fazíamos. Até o pino me pôs a fazer. E vai ser esta, a alma caridosa que nos vai levar a fazer um dia de fim-de-semana radical, particular (sim porque nós somos especiais), não sei onde. Observaçao: era professor de Ed. Fisica
Infelizmente, a turma do próximo não será a mesma deste, pois alguns alunos iam escolher Física com muita pena minha. Já alguém imaginou as aulas sem o Abel? Sem aquelas boquinhas desapropriadas, ou então sem aquelas bacoritas que a Eliana manda de vez em quando? Pois, certamente não será a mesma coisa…
Agora já entendo o que queria dizer aquela frase: “Há músicas que marcam”. E como há musicas que marcam mesmo, ESTA vai-me sempre fazer lembrar o 11º F de 06/07.